Já parou para pensar?

Já parou para pensar como é que uma variante de um vírus pode ser tão perigosa, contagiosa e mortal se infeta mais de milhar e meio de pessoas por dia e apenas mata meia dúzia nas mesmas vinte e quatro horas?

Das duas, apenas uma condição se pode verificar:

1- Um vírus é muito mortal, e nesse caso não infeta milhares e mata apenas meia dúzia de indivíduos num dia. Se ele for, realmente, muito letal, mata todos, ou quase todos, os que estiveram em contacto com ele, e muito rapidamente.

Com um vírus que mata muito não é possível verificar-se uma tão grande disparidade entre o número de infetados e o de mortos, aqueles que são infetados “já estão mortos”, como é o caso do Ébola. Também, em caso de grande letalidade, não há tempo para andar a fazer testes nem fazer um esforço tão grande para o encontrar, ele encontra-nos, não se preocupe!

2- Um vírus é pouco mortal e, como tal, e porque não mata muito, permite contagiar todos os que estão em contacto com ele e o contágio vai-se disseminando entre a população. Quanto mais baixa for a taxa de mortalidade, maior é a possibilidade de contágio ou, por outras palavras, se contagia muitos é porque mata poucos!

E, neste caso, podemos sim ter muitos milhares de infetados e um número muito reduzido de mortos, diariamente.

É o que se verifica anualmente com o vírus influenza da gripe comum e sazonal, um número muito elevado de indivíduos é infetado todos os anos, apresenta um conjunto característico de sintomas mas, na grande generalidade e a menos que haja outras complicações, não morre da infeção.

Se temos uma diferença tão abismal entre número de infetados e de mortos e se, ainda por cima, temos tempo para andar à sua procura, então, pode ter a certeza absoluta de que esse vírus que tanto procura não é o criminoso, o criminoso ou criminosos é ou serão outros.

Tente encontrá-los!

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