Conheça as causas, encontre as soluções
Atualmente, são cada vez mais comuns as queixas por esquecimento, falta de concentração, confusão mental e perda de memória. Esta condição mental, habitualmente associada a uma faixa etária acima dos sessenta anos, vai-se situando em faixas etárias cada vez mais jovens e, embora cause alguma perturbação na generalidade dos afetados, vai sendo pacificamente aceite como “o novo normal”, já que poucas ou nenhumas soluções se apresentam.
Assim, de forma silenciosa, como tantas outras condições mentais, o esquecimento para o que se ia fazer ou o que se acabou de fazer, o que se ia dizer ou o que se disse, o nome ou nomes de pessoas conhecidas, em suma, a gradual perda de memória, sendo desvalorizada, tende a progredir para situações mais complexas, as quais já se vão começando a evidenciar, tais como, confusão mental, um enorme cansaço físico e psíquico que evolui, gradualmente, para estados de apatia, desinteresse, falta de concentração e, até mesmo, para lentidão ou incapacidade de raciocínio e de lógica.
Quais as principais causas da acentuada e precoce perda da memória?
Uma das principais causas é, sem dúvida, a sobrecarregada da mente com um excesso de informação, tantas vezes contraditória entre si e às quais estamos, constantemente sujeitos, quase 24 sobre 24 horas, sobretudo nas camadas mais jovens.
Outra causa é a falta de exercício físico, a vida, em geral e a dos mais jovens em especial, tornou-se extraordinariamente sedentária. A vida é movimento, parar é morrer! Não são apenas os músculos que necessitam de exercício e o exercício físico não é apenas para o corpo, a mente necessita que o corpo se movimente para que o fluxo de sangue, carregado de oxigénio, chegue ao cérebro em ótimas condições, caso contrário, as células nervosas vêm-se impedidas de se comunicarem entre si e, em última instância, definham e morrem
A má alimentação é outra das principais causas que está na origem deste problema. O uso e abuso de gorduras trans, refinados, alimentos processados e açúcares, o stresse e um sono de má qualidade, devido, em parte, à excitação mental, são os grandes inimigos, não apenas do corpo, como estão também na origem de todo o tipo de patologias mentais.
Como poderemos recuperar ou melhorar a memória e a falta de concentração?
Para melhorar ou reparar qualquer órgão, é necessário compreender como ele funciona e, ao mesmo tempo, concluir de que é que ele ncessita para funcionar bem. No caso do cérebro, grande parte, é composto por gordura e é essa gordura que permite o seu bom funcionamento, pois os impulsos nervosos são transmitidos de célula para célula devido à mielina, camada lipídica, que reveste o neurónio. Se ocorrer uma disfunção ou uma oxidação dessa camada de gordura, começa a gerar-se uma inflamação, que terá várias consequências patológicas.
Compreendemos, assim, o papel e importância das gorduras de boa qualidade para o bom funcionamento do cérebro. Havendo uma inflamação, será absolutamente indispensável uma dieta à base de alimentos e de suplementos anti-inflamatórios, de antioxidantes e de um conjunto de nutrientes indispensáveis a uma boa nutrição do cérebro.
Entre outros, desatacamos os seguintes:
- Ómegas 3 de excelente qualidade, para vegans ou de óleo de sardinha e de anchova
- Vitamina D3 numa proporção de UI equilibrada e adequada ao peso de cada indivíduo
- Vitamina C e E pelas suas propriedades antioxidantes
- Vitaminas do Complexo B porque são de extrema importância para a biossíntese dos neurotransmissores, no metabolismo energético e síntese proteica
- Oligoelementos, entre eles, o Fósforo e o Zinco
- L-Glutamina, devido à sua conversão em ácido glutâmico, aumenta a qualidade dos impulsos neuronais e contribui para a redução da perda de memória
- Fenogrego, Ginseng-siberiano, Ginkgo Biloba e Magnésio, entre outros, pela redução da fadiga física e cerebral e melhoria da concentração e da circulação sanguínea.
A homeopatia oferece, igualmente, excelentes resultados no tratamento do esquecimento, perda de memória, falta de concentração, confusão mental e outras manifestações deste tipo, contudo, a eleição do remédio depende da análise criteriosa de cada caso e terá que ser feita em função dos sintomas peculiares, das características individuais, idade e intensidade da experiência de cada paciente. A cada caso corresponderá um remédio, o mais próximo possível do seu estado mental e geral, visto que cada indivíduo é único na forma como experiencia a sua doença.
Concluindo:
O cérebro necessita de oxigénio e de lípidos para que cada célula possa transmitir correta e adequadamente os impulsos à célula seguinte, mas também necessita de exercício físico, o qual permite uma melhor oxigenação e consequente otimização das funções cognitivas.
Assim como todos os músculos do corpo necessitam de treino para não atrofiar, a mente também necessita de ser musculada, o treinamento da mente, porém, não pode ser feito com pesos e halteres, faz-se sim, pela leitura, por exercícios de lógica e de raciocínio, por momentos de descanso, longe das redes sociais e da massa infindável e incontrolável de informação díspar e de toda a publicidade hipnotizante. Um sono reparador é condição de extrema importância e, se possível, períodos de meditação e/ou a prática de yoga ou de outra terapia de relaxamento. Somente, desta forma, poderemos ter uma mente saudável, flexível, preservar a nossa preciosa memória, estar atentos, ser capaz de julgar e de, consequentemente, tomar as rédeas da nossa vida ao fazer as melhores escolhas e tomar as melhores decisões.
Deixamos aqui algumas considerações e conselhos, mas, se sofre com o esquecimento constante ou sente perda de memória, consulte um especialista que o possa ajudar, de forma segura e adequada ao seu caso particular, a melhorar os sintomas e a sentir-se mais confiante.