A doença de Alzheimer é uma alteração neurodegenerativa crónica que se caracteriza, fundamentalmente, pela perda gradual da memória, especialmente a mais recente, mas também pela perda da fala, da capacidade de raciocínio, perda identidade e confusão mental, devido a uma atrofia progressiva do cérebro, gerando uma total incapacidade física, mental e emocional do paciente.
Tendencialmente considerada como “uma doença da idade”, atualmente afeta também, e cada vez mais, a população mais jovem.
Estima-se que existam mais de 40 milhões de pessoas afetadas em todo o mundo e prevê-se que este número venha a aumentar, de forma exponencial, nas próximas décadas.
Apesar da pouca importância que parece dar-se a estes números, eles são verdadeiramente preocupantes. Estará a humanidade sob a ameaça de uma nova Pandemia – a Pandemia do mal de Alzheimer?
Embora não se criem programas de educação das populações e de alerta para este facto, muitos estudos têm sido recentemente publicados e muito têm contribuído para uma explicação e melhor compreensão desta patologia.
Uma das conclusões a que se tem chegado é que, na base desta condição patológica, está a resistência à insulina, bem à semelhança do que acontece com a Diabetes tipo II.
Daí que, hoje em dia, a doença de Alzheimer seja já considerada por muitos como a Diabetes tipo III.
Com efeito, a causa subjacente, em ambas as patologias, é a mesma, ou seja, a insulina é libertada no sangue, mas as células não a reconhecem. Desta forma, a glicose não entra nas células e estas, por falta de energia, degeneram e morrem.
O QUE SE ESTÁ A CONCLUIR?
Como se começa a compreender que a atrofia do cérebro, no mal de Alzheimer, se deve à falta de glicose porque, por várias razões, o organismo criou resistência à insulina, uma das hipóteses seria, segundo esses estudos, utilizar uma fonte de energia alternativa à insulina.
Existem três fontes de produção de energia que podem ser utlizadas pelo organismo: a primeira é, como sabemos, a glicose, proveniente dos hidratos de carbono, as outras duas são a proteína, obtida a partir dos aminoácidos, e a gordura, gerada pelo corpo ou da ingerida pelos alimentos ricos em gordura. Se a primeira fonte falhar, por falta de hidratos de carbono, é ativada uma das outras duas vias por forma a que o organismo produza cetonas ou corpos cetónicos.
As cetonas são, então, substâncias produzidas pelo organismo, quando as células não recebem a quantidade suficiente de glicose. Elas são libertadas na corrente sanguínea para, posteriormente, serem transportadas aos órgãos e ao cérebro, onde, facilmente, podem ser utilizadas como “combustível” sem a necessidade da insulina.
A GORDURA É COMBUSTÍVEL PARA O CÉREBRO
A cetose é, portanto, um processo no qual o organismo passa a utilizar gordura como fonte de energia quando a glicose disponível é insuficiente.
Uma das pioneiras e principais defensoras deste processo e da importância da gordura como combustível fundamental para o cérebro foi a Drª. Mary T Newport.
Ao tentar ajudar o marido, Steve Newport, diagnosticado com Alzheimer numa fase já bem adiantada, embora numa idade ainda muito precoce, a Drª. Mary Newport, conhecedora deste processo e sabendo que as cetonas são, igualmente, um composto orgânico do óleo de coco, começou a introduzir uma certa quantidade diária deste óleo na dieta do marido. Em poucas semanas, o resultado não poderia ter sido melhor.
Steve respondeu de forma extraordinária ao consumo de triglicéridos de cadeia média (TCM) a partir do óleo de coco.
Estes triglicéridos de cadeia média são mais facilmente absorvidos e são convertidos, no fígado, em corpos cetónicos, tendo a capacidade de passar a barreira hematoencefálica e chegar ao cérebro para aí serem utilizados como fonte de energia e estimularem a produção de novos neurónios.
Vários estudos e livros têm sido publicados pela Drª Mary Newport desde então, entre eles, Mary T.Newport M.D.: Alzheimer’s Revesal with Coconut oil, além de inúmeras palestras que tem apresentado por todo o mundo.
Além do óleo de coco, podem, naturalmente, ser adicionadas à dieta outras gorduras vegetais como o abacate, o óleo de semente de girassol e o azeite, excluindo-se desta lista as gorduras saturadas.
CONCLUSÃO
Não existem certezas absolutas e muito menos formas de tratamento ou de cura perfeitas no que respeita à grande generalidade das doenças crónicas. Apesar de toda a tecnologia, ainda há muito que a medicina convencional não consegue explicar e resolver.
Do ponto de vista de uma medicina holística, a prevenção é a palavra-chave. Se pudermos evitar ou abrandar o ritmo e o avanço desta ou de outra doença, tanto melhor.
No meio das muitas dúvidas, existem também muitas certezas, deixamos aqui algumas delas:
- A ingestão diária, por algumas semanas, de triglicéridos de cadeia média, presentes no óleo de coco, melhoraram a condição de vários pacientes com Alzheimer, submetidos a vários estudos
- Os triglicéridos (TCM) presentes no óleo de coco não se armazenam no tecido adiposo, mas são diretamente metabolizados no fígado, convertendo-se em corpos cetónicos
- As cetonas são lançadas na corrente sanguínea e transportadas para o cérebro, sendo utilizadas como combustível para as células sem a necessidade da insulina.
- Os corpos cetónicos potencializam os processos cognitivos, conferindo maior clareza mental e melhorando a qualidade de vida do paciente com Alzheimer
- Para beneficiar das suas propriedades, deve consumir-se um óleo de coco extra-virgem biológico e livre de toxinas
A finalizar, lembramos que, apesar de não existirem efeitos colaterais ou algum prejuízo para a saúde com o consumo de óleo de coco, os pacientes com Alzheimer devem ter um acompanhamento individualizado, de acordo com o seu estado e condição física, por parte de um técnico de saúde especializado que poderá ainda recorrer a outros métodos de tratamento e de recomendações, como seja a Homeopatia, a prática de exercício físico adequado e a estimulação mental pela leitura.