A Importância dos Testes Nasofaríngeos

Atualmente, e no contexto da designada Pandemia Covid-19, os testes nasofaríngeos RT-PCR são considerados o padrão de ouro na deteção de infeção pelo vírus SarsCov2.

Estes testes assentam, exclusivamente, na indicação de positivo ou negativo.

A obrigatoriedade da apresentação de um resultado negativo tornou-se imperativa para a realização de várias atividades, incluindo a de frequência de certos espaços ou de deslocação. Porém, pouca ou nenhuma informação adicional, além desta, é fornecida a quem o realiza, nomeadamente, a quantidade da carga viral e qual o número de ciclos de amplificação que foi utilizado e que deu origem ao resultado apresentado.

Tentaremos, pois, fornecer aqui, de forma simples e clara, algumas dessas informações.

  1. Comecemos por saber o que é e como surgiu o Teste PCR

Deve-se a Kary Mullis, bioquímico laureado com o Prémio Nobel de Química em 1993, juntamente com Michael Smith, pela criação da Reação em Cadeia da Polimerase, ou seja, aquilo que designamos pela abreviatura PCR.

Para evitar más interpretações, Mullis referiu publicamente, e inúmeras vezes, que os Testes PCR não foram criados para detetar infeções. Eles apenas poderiam detetar sequências genéticas de vírus, até mesmo a presença de vestígios de vírus já mortos, mas não os próprios vírus.

Lamentável e coincidentemente, o Dr. Mullis faleceu um pouco antes do início da Pandemia, em 7 de Agosto de 2019, vítima, justamente, de pneumonia.

2. A importância dos vírus na espécie humana

Desde os primórdios da nossa existência, que nos habituámos a viver com vírus, bactérias e os mais diversos micro-organismos, a nossa vida não seria possível sem eles. A microbiota, composta por uma enorme quantidade e variedade de micro-organismos, é responsável, em grande parte, pela nossa imunidade. Sabemos, hoje, com toda a certeza, como a disbiose está associada a um sem número de patologias, como a diabetes e as doenças cardiovasculares, entre tantas outras.

É, por esta razão, também, que na região nasofaríngea, onde, atualmente se tenta encontrar um vírus, cujo genoma, por sinal, nunca foi sequenciado e purificado, não se encontra apenas um, como se faz crer, mas sim, vestígios de muitos outros, uns vivos, mas não patológicos, outros já mortos. De um modo geral, convivemos com eles amigavelmente.

Criar a ilusão de que um teste PCR deteta apenas um único vírus, não é verdade. E menos verdade ainda, é criar a falsa ilusão de que tudo o que é detetado é patológico, incluindo o ADN do próprio indivíduo.

Para que se possa considerar a presença de uma infeção é necessário também que a carga viral seja suficiente para gerar patologia e, neste caso, obrigatoriamente, haverá sintomas, tais como febre, mal-estar, coriza ou outros. Se a carga viral for baixa, não será, de todo, possível produzir qualquer doença.

Esta questão, mal explicada, gerou uma enorme confusão entre resultado positivo, que, como já vimos, pode ser positivo de qualquer coisa, e os chamados “casos” que, para o caso, são entendidos como infeções, não o sendo na realidade.

Um teste positivo não significa, portanto, infeção por qualquer vírus, incluindo o SarsCov 2. Muitas experiências foram já feitas em frutos, como a papaia, em líquidos, como a água e a coca cola e em animais, como a cabra, todos com resultados positivos.

3. O jogo dos ciclos de ampliação

A este respeito, importa compreender, em primeiro lugar, que a fiabilidade dos Testes PCR depende, exclusivamente, do número de ciclos de ampliação que são realizados.

Se forem feitas ampliações até 25 ciclos, a possibilidade de encontrar vestígios do vírus que procuramos é alta, cerca de 70%. Mas, se forem feitos mais de 35 ciclos de ampliação, o grau de fiabilidade ou de encontrar vestígios de um dado vírus é apenas de 3%. Isto é, quanto maior o número de ciclos realizados, maior é a possibilidade de obter falsos positivos, ou seja, dá positivo para uma infinidade de situações, sejam vestígios de vírus já mortos ou até material genético do próprio testado. É como observar algo ao microscópio, quanto maior for a ampliação da lente, mais coisas detetamos na amostra.

Quando se baixa o número de ciclos de ampliação, para menos de 25, como vimos, a possibilidade de encontrar material genético de um único vírus é muito mais elevada, mas, se ele não estiver lá, o resultado é negativo, reduzindo, drasticamente, o número de falsos positivos.

Assim, compreende-se como é fácil aumentar ou reduzir o número de testes positivos e índices de transmissibilidade, de acordo com os objetivos de quem gere a pandemia, baseando-se, portanto e apenas, num gigantesco número de RT-PCR falsos positivos, originados pelo elevado número de ciclos de amplificação, e não no número real de infetados e doentes.

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