O conceito de Medicina Ortomolecular deve-se a Linus Pauling, prémio Nobel da Química e da Paz, respetivamente, em 1954 e em 1963, reconhecido, mundialmente, pelos seus trabalhos sobre a importância das vitaminas, aminoácidos e oligoelementos no organismo humano.
O termo Ortomolecular vem do grego Orthos que significa certo, correto.
A medicina Ortomolecular tem, portanto, por objetivo preservar a saúde e tratar a doença, através da administração da quantidade certa e ótima de moléculas necessárias ao bom funcionamento do organismo, tais como lípidos, proteínas, glícidos, vitaminas, aminoácidos, ácidos gordos e oligoelementos que vão permitir o reequilíbrio bioquímico, neutralizando os resíduos tóxicos acumulados no organismo, e melhorando a qualidade de vida.
A função da Medicina Ortomolecular é, pois, nutrir as células e promover o equilíbrio molecular a nível:
- Enzimático
- Endocrinológico
- Nutricional
O papel dos Oligoelementos na saúde e prevenção da doença
Os Oligoelementos são elementos químicos, presentes no organismo, e essenciais na formação de enzimas vitais para determinados processos bioquímicos como, por exemplo, a digestão.
1. Oligoelementos Essenciais: O seu défice ou o excesso podem levar à doença ou à morte.
O aporte insuficiente de Oligoelementos essenciais provoca uma disfunção funcional
Os Oligoelementos essenciais e necessários à manutenção da saúde são:
Ferro, Manganésio, Sílicio, Zinco, Selénio, Iodo, Cobre, Cobalto, Cromo, Flúor, Arsénico, Vanádio, Níquel, Molibdeno, Estrôncio.
2. Oligoelementos Não Essenciais: Em função da sua concentração, podem curar ou provocar uma doença grave.
Encontram-se em quantidades constantes no organismo
Os Oligoelementos Não Essenciais, úteis ao organismo são:
Prata, Ouro, Alumínio, Lítio, Boro, Chumbo, Titânio, Bromo, Bário
A Carência de um único oligoelemento pode manifestar-se muitas vezes por
- Estados de fadiga ou cansaço;
- Apatia, dificuldade de concentração.
Se essa carência persistir, pouco a pouco, vão-se instaurando problemas mais graves
- Patologias funcionais, reversíveis, tais como problemas hormonais;
- Manifestações clínicas claras do défice;
- Por último, patologias orgânicas, na maior parte das vezes, irreversíveis.
Causas da carência de oligoelementos
- Má absorção intestinal
- Alimentação desequilibrada
- Ingestão excessiva de produtos refinados
- Ingestão de oligoelementos antagonistas
- Ingestão de metais pesados
- Toma de antibióticos e de hormonas
- Situações de stresse
Os oligoelementos influenciam e regulam a actividade enzimática, que influi no comportamento humano
A presença elevada de metais tóxicos no organismo, como, o chumbo, o cádmio, o arsénico e o mercúrio estão associados a desordens do comportamento porque interrompem o funcionamento neuroquímico e bioquímico do organismo.
O cádmio e o chumbo, por exemplo, estão associados a desequilíbrios cerebrais, porque tendem a acumular-se nas regiões do cérebro, responsáveis pelo funcionamento cognitivo e intelectual.
Vários estudos apontam para a relação entre a existência de elevados níveis de cádmio e de chumbo e a falta de memória, de concentração e hiperactividade.
Alguns estudos provam, também, a existência de níveis elevados destes metais pesados em indivíduos de comportamento desequilibrado e violento
Para uma boa absorção:
- Os oligoelementos devem estar unidos a proteínas;
- Cada oligoelemento tem a sua vitamina própria para potenciar a sua absorção;
- Devem ser respeitadas as normas de consumo diário