CANCRO: um mecanismo de sobrevivência

 

O cancro, tal como outras doenças crónicas, não é um simples fenómeno que, de um momento para o outro, surge num determinado órgão e se espalha, como cogumelos, por todo o corpo.

O cancro é sim um mecanismo de sobrevivência do organismo. O cancro surge como uma resposta à falta de oxigénio e ao excesso de toxinas acumuladas nos órgãos de maior predisposição genética, ao longo dos anos.

Essas toxinas são resultantes de inúmeros fatores, tais como, alimentação desequilibrada, défice nutricional e de água, estilo de vida pouco saudável, stresse, insónias prolongadas, exposição a substâncias tóxicas e a metais pesados. Também os traumas emocionais e/ou a repressão das emoções, ao longo da vida, podem ter um papel ativo no aparecimento desta doença, já que, corpo e mente não estão dissociados e o que acontece a nível mental e emocional acaba por se refletir, mais tarde ou mais cedo, no corpo físico.

Estes fatores, e tantos outros, podem, com efeito, desencadear reações a vários níveis, nomeadamente, na alteração da expressão dos genes, na estrutura e divisão celular, na capacidade de apoptose das células e, consequentemente, no bom funcionamento dos órgãos e dos diferentes sistemas orgânicos.

Há vários tipos de cancro, geralmente, classificados de acordo com a identidade biológica do tecido no qual o tumor primário se desenvolveu inicialmente.

Uma coisa, porém, é certa, independentemente do tipo de cancro e dos fatores desencadeantes, a grande maioria dos cancros apresenta uma causa comum subjacente que se traduz por uma mutação genética. Para além dos danos ao nível do DNA os pacientes com cancro revelam também a presença massiva de agentes infeciosos no meio intra e extracelular, apresentam um sistema imunitário fraco e esgotado e um organismo sobrecarregado de toxinas.

O que fazem as toxinas?

As toxinas são substâncias extremamente danosas e prejudiciais ao organismo humano. Podem ter origem animal, alguns micro organismos, como as bactérias, por exemplo, ou origem mineral como a maioria dos metais pesados, o chumbo, o arsénico, ou o cádmio, e podem resultar de produtos químicos existentes no meio ambiente ou mesmo de alguns medicamentos, quando utilizados em grandes quantidades e durante algum tempo.

A acumulação destas toxinas no organismo origina respostas por parte do organismo com o intuito de as tentar eliminar. Surgem, assim, as inflamações, as ulcerações e os crescimentos anormais, geralmente combatidos com antibióticos, anti inflamatórios, corticoides ou quimioterapia.

A tentativa de cura, naturalmente, aumenta ainda mais a carga já demasiado tóxica do organismo, originando o desenvolvimento de um meio anaeróbico favorável ao aparecimento de células cancerígenas, cuja falta de oxigénio não impede o seu crescimento e multiplicação descontrolada, gerando-se, assim, um ciclo vicioso do qual, dificilmente, se consegue sair.

 
Qual a relação entre cancro e toxicidade?

 

A acumulação dessas toxinas, endógenas e exógenas, sabe-se, hoje, estão na origem da alteração da expressão de um grande número de genes responsáveis pelo desenvolvimento e progressão de muitos tipos de cancro.

Os genes, responsáveis pela síntese de proteínas, são sequências de quatro bases nitrogenadas, que se repetem em diferentes combinações. Quando essa sequência se altera ou se perde, o gene sofre uma mutação. Em condições normais, o DNA tem a capacidade de produzir enzimas específicas que reparam essas anomalias ou alertam para os danos existentes, como é o caso da proteína p53, conhecida como “o guardião do genoma” já que a sua função é verificar quais os segmentos de DNA que estão danificados e ativar o processo de apoptose. No entanto se esses mecanismos falham, em vez da apoptose, as células anómalas continuam o processo de divisão celular.

Um dos genes mais sujeito a alterações é, justamente, o gene supressor tumoral TP53, cuja anomalia é, praticamente, encontrada em quase todos os tipos de cancro, especialmente, mama, pulmão, fígado, ovário e próstata.

O produto deste gene, a proteína p53, retarda o crescimento das células cancerígenas e ajuda a matá-las naturalmente, visto que é responsável pela supressão da irrigação sanguínea ao tumor e pela inibição da atividade da telomerase nas células cancerígenas, impedindo a sua rápida divisão celular.

Assim, quando estes sistemas de alerta e de reparação estão intatos, a célula está a salvo, mas quando ocorre um erro, a célula inicia um processo de divisão incontrolável.

O que acontece é que devido ao dano produzido nestes genes supressores tumorais, muitas vezes agravado pelo tratamento anticancerígeno convencional, as células cancerosas tornam-se resistentes à terapia, o que nos leva a concluir que, quanto mais agressivo é o tratamento, mais poderosas se tornam as células cancerosas, o que, naturalmente, reduz a probabilidade de sobrevivência do paciente.

 

O tratamento do cancro

 

            O cancro é, portanto, a última e a mais desesperada etapa que o organismo encontra para conseguir a sua própria sobrevivência. Se não é possível alterar o meio, então as células, para sobreviverem, sofrem alterações ao nível do DNA para se conseguirem adaptar e viver num meio onde não existe oxigénio.

Se o dano é produzido ao nível do DNA e da programação da célula, a cura do cancro não pode, simplesmente, limitar-se ao tratamento convencional de extração, pela cirurgia, ou de destruição do tumor, seja por quimioterapia, seja por radioterapia. O tratamento pode ser eficaz no momento, mas a curto ou médio prazo, o tumor poderá recidivar no mesmo local ou num outro órgão, provavelmente de maior importância e de forma mais agressiva, já que a causa ou o dano não foi reparado. Para curar o cancro, é preciso compreender não só o processo que o desencadeou, bem como o paciente na sua globalidade.

É fundamental também promover a reparação dos danos a nível dos genes supressores tumorais, recorrendo a terapêuticas naturais e não invasivas como a Micro-Imunoterapia, baseada no estudo e conhecimento do genoma Humano, e a Homeopatia Clássica, as únicas, sabemos hoje, capazes de interagir com o genoma humano e alterar a expressão dos genes.

Igualmente de suma importância é optar por uma dieta adequada e equilibrada, iniciar um processo de desintoxicação do organismo adaptado a cada paciente, estabelecer um plano de atividade física, de técnicas de relaxamento e/ou meditação ajustados a cada caso específico, corrigir a postura física, mental e emocional perante a vida, abraçar projetos e partilhar experiências pessoais através de grupos de apoio.

Por último recomendamos o acompanhamento de especialistas nas mais diversas áreas da Medicina Integrativa e alertamos para os perigos da automedicação.

 

 

 

 

 

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